Análise de concentração de Teatros na Cidade do Rio de Janeiro
De acordo com o Sistema de Informações e Indicadores Culturais (SIIC), de 2014, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o percentual de municípios brasileiros com teatros e ou salas de espetáculos é de 23,4%. Embora a taxa seja bem pequena, ela já esteve menor. De 2006 a 2014, o mesmo estudo revela que houve um acréscimo de 10,4% no número de estabelecimentos.
No momento de realização deste levantamento de estabelecimentos teatrais no Rio de Janeiro (março de 2019), o município do Rio contava com 57 espaços, assim distribuídos: 45,7 % na Zona Sul; 33,3% no Centro; 12,2% na Zona Norte; e 8,8 na Zona Oeste.
Segundo a Associação dos Produtores de Teatro do Rio de Janeiro, a cidade, nos últimos três anos, vem perdendo salas por uma série de razões, como a falta de segurança, de políticas públicas, de gestão e de investimentos.
Sendo o Rio de Janeiro a capital cultural do país e um importante polo da indústria criativa, é preciso que sejam reavaliados os investimentos no setor, bem como as políticas públicas culturais. Além de uma forte carência de sala de teatro é perceptível a concentração do pouco número de estabelecimentos na Zona Sul e Centro da cidade.
O ator, diretor e produtor Marcos Caruso, em entrevista ao site do projeto colabora, sintetizou a importância e a função do teatro não apenas na cena carioca, mas em todo o país: “Teatro nunca foi visto como gênero de primeira necessidade. Mas não deve ser visto como de penúltima. Um país sem teatro é um país morto”.
Marcus Tavares
Jornalista e Pesquisador ESPM Rio